quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Resenha: Simplesmente o Paraíso - Julia Quinn

Título: Simplesmente o Paraíso
Título Original: Just Like Heaven
Série: Quarteto Smythe-Smith 01
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Ano: 2017
Skoob: Simplesmente o Paraíso
Compre: Saraiva
Avaliação: 


Sinopse: Honoria Smythe-Smith sabe que, para ser uma violinista ruim, ainda precisa melhorar muito…
Mesmo assim, nunca deixaria de se apresentar no concerto anual das Smythe-Smiths. Ela adora ensaiar com as três primas para manter essa tradição que já dura quase duas décadas entre as jovens solteiras da família. Além disso, de nada adiantaria se lamentar, então Honoria coloca um sorriso no rosto e se exibe no recital mais desafinado da Inglaterra, na esperança de que algum belo cavalheiro na plateia esteja em busca de uma esposa, não de uma musicista.
Marcus Holroyd foi encarregado de uma missão…
Porém não se sente tão confortável com a tarefa. Ao deixar o país, seu melhor amigo, Daniel, o fez prometer que vigiaria sua irmã Honoria, impedindo que a moça se casasse com pretendentes inadequados. O problema é que ninguém lhe parece bom o bastante para ela. Aos olhos de Marcus, um marido para Honoria precisaria conhecê-la bem (de preferência, desde a infância, como ele), saber do que ela gosta (doces de todo tipo) e o que a aflige (como a tristeza pelo exílio de Daniel, que ele também sente). Será que o homem ideal para Honoria é justamente o que sempre esteve ao seu lado afastando todo e qualquer pretendente?
Com seu estilo inteligente e divertido, Julia Quinn enfim apresenta ao público o Quarteto Smythe-Smith, o terrivelmente famoso e adoravelmente desafinado grupo musical que conquistou os leitores antes mesmo que as cortinas se abrissem para ele.

Resenha: Eu amo a Julia Quinn, já li todos os livros dela, de todas séries e uma das minhas preferidas com certeza é a da família Smythe-Smith, que eu já tinha conhecido nos livros da família Bridgerton, e fiquei muito feliz quando a Arqueiro informou que não simplesmente ia lançar a série Quarteto Smythe-Smith, como os 4 livros seriam lançados simultaneamente.

Simplesmente o Paraíso é o primeiro livro da série e conta a história de Honória, a mais nova de 6 irmãos e única menina que resta casar. Ela, como toda as moças solteiras de sua família, tem que tocar na festa musical anual que sua família oferece, e Honória sabe que é horrível, mas ao contrário de suas primas, ela gosta muito dessa tradição da família. Seu irmão mais velho teve que sair fugido do país depois de acertar um outro nobre na perna num duelo por estar muito bêbado, o que levou seu oponente a ficar manco, e apesar de Lord Hugh em si não culpar o rapaz, seu pai promete matar Daniel Smythe-Smith. Desde então a mãe de Honória nunca mais foi a mesma, e a menina vive uma vida solitária enquanto tenta arranjar um marido em mais uma temporada da sociedade.
Honória suspirou. "Não podemos tocar o mesmo do ano passado."
"Não vejo porque não," Sarah disse. "Não possa imaginar que ninguém irá reconhecer por nossa interpretação."
Antes de ir embora do país, Daniel Smythe-Smith fez um último pedido á seu melhor amigo, que passou todas as férias de suas juventudes com sua família, Lord Marcus Holroyd, que ele tomasse conta de sua irmã mais nova e única solteira, para que ela não casasse com um idiota. Desde então Marcus vem afugentando todos os caça-dotes que tentam se aproximar da irmã do amigo sem que ela perceber. Por isso quando ele descobre que ela vai participar de uma festa campestre na casa de campo ao lado da dele junto com vários jovens estudantes de Cambridge ele resolve dar uma olhada no que está acontecendo.

"Todo homem solteiro está atrás de uma mulher. Eles simplesmente nem sempre sabem disso."
Honória, que não vê a hora de casar, acha que tem o plano perfeito pra conquistar algum dos rapazes, e o plano envolve fazer um buraco e fingir um tornozelo torcido. O plano dá muito errado, mas ela acaba descobrindo que Marcus estava observando tudo e rindo muito da situação, e quando eles estão indo embora ele acaba com um tornozelo torcido de verdade. Ele pede para ela chamar seu criado quando ela chegar na casa em que está hospedada, mas para a sorte dele, começa a chover enquanto ele tem que esperar ser resgatado. O resultado é uma gripe muito forte, e ela vai visitá-lo antes de voltar para Londres, mas até ele parece bem. Depois que chega em Londres no entanto, ela recebe uma quarta de uma das criadas de Marcus falando que a situação dele piorou muito e que como ele não tem parentes vivos, ela não sabia a quem contatar.
Ele tinha que beijá-la. Ele tinha. Era básico e elementar como sua respiração, seu sangue, sua própria alma. E quando ele fez... A Terra parou de girar. Os pássaros pararam de cantar. Tudo no mundo parou, tudo menos ele e ela e o pequeno beijo que os conectava.
Honória o mais rapidamente possível volta ao interior para visitar Marcus com sua mãe, e ao chegar lá se depara com ele com uma febre terrível. Todos pensam que é pela gripe que piorou, mas logo ela descobre que na verdade um ferimento no pé dele, provavelmente causado ao tirar a bota do tornozelo torcido, infeccionou e com a falta do médico que demorará muito ainda pra chegar, sua mãe a avisa que ela mesma terá que tirar a pele podre do pé do moço antes que seja necessário amputar a perna. As duas, com a ajuda de alguns funcionários, salvam a vida e a perna dele, e o ajudam nos primeiros dias de recuperação; e é nesse meio tempo que Marcus e Honória vão se conhecendo melhor aos poucos e se apaixonando. Mas logo depois de um breve beijo, onde nenhum dos dois estava ainda muito certos de seus sentimentos, a moça volta para Londres com a mãe para poder continuar os ensaios com as primas para o infame musical da família.
"Se você não se desculpar para Lady Honoria," Marcus disse, sua voz tão calma que era aterrorizante, "eu vou matar você."
Houve um suspiro coletivo, e Daisy fingiu um desmaio, escorregando elegantemente em Iris, que na hora deu um passo para o lado e deixou ela cair no chão.
"Oh, vamos lá," Sr. Grimston disse. "Certamente isso não se tornará pistolas ao amanhecer."
"Eu não estou falando de um duelo," Marcus disse. "Eu quero dizer que eu vou matar você agora mesmo."

Marcus chega bem a tempo de ir ver a apresentação do Quarteto Smythe-Smith, e a noite reserva aos dois muitas surpresas, um plano maquiavélico de uma prima, uma volta inesperada, alguns socos, a destruição de um violino e alguns encontros terrivelmente inapropriados. Da série esse provavelmente o livro com o plot menos problemático, Marcus e Honória se conhecem desde crianças e tem muito carinho um com o outro, e ambos tem temperamentos bem calmos e gostam das coisas bem certinhas. 

Os conflitos são bem simples e facilmente resolvidos, mas é isso mesmo que faz um livro tão fofinho e amorzinho, e prepara bem o terreno para os próximos livros, que todos são um pouco mais complexos na trama, e também fez um ótimo trabalho apresentando os personagens que conheceremos mais afundo depois. Simplesmente o Paraíso ainda traz uma rápida aparição de Colin Bridgerton e de Lady Danbury, que tem uma participação bem especial no livro, que inclusive virá um dos fatos comentados por Whistledown na coluna de fofocas em um dos livros da série Bridgerton. O livro é perfeito para uma tarde de preguiça, e já dá algumas pistas sobre a trama do próximo livro, Uma Noite Como Esta, que a resenha já sairá amanhã, e semana que vem teremos resenha dos ouros dois livros da série aqui no blog em homenagem ao lançamento do Box do Quarteto Smythe-Smith.

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