quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Resenha: Os Mistérios de Sir Richard - Julia Quinn

Título: Os Mistérios de Sir Richard
Título Original: The Secrets of Sir Richard Kenworthy
Série: Quarteto Smythe-Smith 04
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 280
Ano: 2017
Skoob: Os mistérios de Sir Richard
Compre: Saraiva
Avaliação: 


Sinopse: Sir Richard Kenworth tem menos de um mês para encontrar uma esposa…
Por isso sabe que não pode ser muito exigente. Mas, quando vê Iris Smythe-Smith ao violoncelo no tradicionalmente desafinado recital de sua família, pensa que o destino trabalhou a seu favor. Ela é o tipo de garota que não atrai muitos olhares, porém algo o faz ter certeza de que é a escolha perfeita.
Iris Smythe-Smith já se acostumou a ser subestimada…
Com seu cabelo muito claro, a pele alva e o jeito discreto, ela quase sempre passa despercebida, ainda que seja a única do Quarteto Smythe-Smith que realmente sabe tocar um instrumento – não que alguém consiga escutá-la em meio à cacofonia dos concertos. Por isso, quando o charmoso Richard Kenworthy pede para ser apresentado a ela, Iris fica envaidecida, mas também desconfiada.
E quando o pedido de casamento dele se transforma numa situação comprometedora, Iris tem a sensação de que ele está escondendo algo… ainda que Richard pareça mesmo apaixonado e que o coração dela esteja implorando para que diga sim.

Resenha:  Chegamos ao último livro da série, e se A soma de todos os beijos é meu preferido, Os mistérios de Sir Richard é provavelmente o livro que eu menos gostei e o motivo é o mesmo, se eu amei Lord Hugh, considerei Sir Richard Kenworth um grande babacão. Mas ainda assim é uma história muito interessante se ler, cheia de plot twists, e com a heroína que com certeza foi a que teve o maior crescimento da série.

O livro começa no recital do Quarteto Smythe-Smith de um ano após os acontecimentos dos três primeiros livros da série, e Iris Smythe-Smith é a única prima ainda solteira. Ela, considerada muito pálida e sem graça, não tem muitas esperanças de se casar num futuro próximo e aguenta calada mais um ano tocando horrorosamente com suas primas, quando ela percebe que um cavalheiro não para de olha-la no meio do recital. 

Talvez ela fosse uma solteirona. Não tinha nada de errado nisso. Especialmente se ela gostasse de ser uma solteirona. 
O cavalheiro em questão é Sir Richard Kenworthy, que veio do norte do país em busca de uma esposa com grande urgência, e o fato de Iris parecer uma solteirona e uma pessoa boa já é o bastante, e ele logo considera ela para sua lista. Assim ele começa a corteja-la avidamente e quando é convidado para uma peça de teatro das primas de Iris (sim, das maravilhosas irmãs Pleinsworth), ele vê a oportunidade perfeita para comprometer a jovem na frente de sua família, para assim ele poder casar logo com ela e voltar para sua casa.
- e o unicórnio entrou na cena! 
"Morra!", o unicórnio gritou. "Morra! Morra! Morra!"
Richard olhou para Iris confuso. O unicórnio até então não tinha demostrado a habilidade para falar. 
Seu plano dá certo, e Richard leva sua agora esposa correndo para sua casa no campo, onde ele mora com suas duas irmãs mais novas. Durante a viagem Iris percebe que seu marido parece não querer consumar o casamento, fazendo a jovem suspeitar que ele esconde algum segredo. Ao chegar na casa, Richard deixa cada vez mais claro que realmente pretende deixar Iris tão intocada quanto uma moça solteira, e levando em conta que ela sabe que ele propositalmente a comprometeu para poder se casar, ela fica cada vez mais confusa.
Se ele não tivesse casado com Iris, ele iria quer ela como amiga.
Sua confusão acaba quando as irmãs de Richard, que estavam visitando uma tia, voltam de viagem e ela descobre que a mais velha, Fleur, está grávida solteira, e que Richard quis casar assim que possível para poder falar que o filho da irmã era dele com sua esposa e salvar a reputação de Fleur, mesmo a jovem não querendo se livrar do próprio filho, e por isso não pode tocar em Iris, já que ela poderia acabar grávida ao mesmo tempo que sua irmã. Iris fica furiosa, mas já presa a situação e por ter começado a gostar do marido, tenta fazer o melhor que pode em meio a tudo isso, e acaba descobrindo que Fleur também tem seus segredos, e que eles podem ser a salvação de todos os envolvidos e de seu casamento.
Ele não sabia se existia uma palavra no mundo para descrever como ele se sentia naquele momento, como ele via as linhas do próprio coração quando os olhos dela encontravam os dele.
Eu adoro quando mocinhas de romances de época são tímidas, mas acabam mostrando suas garras quando as situações se mostram necessárias, e esse é um dos pontos fortes do livro, adorei como Iris passou da menina mais envergonhada e calada para a que resolve a situação e mostra pra todos que tem espírito, mas em contra partida odiei o Richard do começo, e mesmo com todo o remorso que ele sentiu ao longo do livro, não consegui engolir a forma que ele manipulou Iris para se casar, e isso acabou me incomodando no resto da leitura.

Apesar de o amor ser um pouco mais complicado e a trama mais cheia de mistérios e confusões nesse livro, achei os personagens secundários meio decepcionantes, sendo as irmãs de Richard meio mimadas e histéricas. O livro em si não chega a ser ruim, mas foi meio decepcionante para um livro da Julia Quinn, ainda mais sendo o último de uma série que eu adorei, mas pelo menos tivemos a personagem principal como um ponto bem alto, e pra quem prestar atenção pode perceber que a peça teatral das primas de Iris, que ela e Richard atendem, é a mesma que vemos em Um Beijo Inesquecível, da série Bridgertons, e uma das coisas que eu sempre adoro nos livros da maravilhosa Julia Quinn é como todos eles se passam no mesmo universo e seus personagens sempre acabam fazendo aparições surpresas em outros livros. 

Pra quem não sabe, Julia Quinn vai fazer uma tour pelo Brasil em março, vocês podem achar os eventos de cada cidade no Facebook da Arqueiro aqui, mas já vou colocar aqui em baixo as datas de cada cidade, e como conheci ela em 2015 posso dizer que ela é um amor de pessoa e não vejo a hora de vê-la de novo.



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