segunda-feira, 17 de julho de 2017

Resenha: Perto o Bastante Para Tocar - Colleen Oakley

Título: Perto o Bastante Para Tocar
Título Original: Close Enough to Touch
Autora: Colleen Oakley
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 350
Ano: 2017
Skoob: Perto o bastante para tocar
Compre: Saraiva
Avaliação: ★★★★


Sinopse: Uma jovem alérgica ao toque de humanos. Da autora de Antes de partir! Jubilee Jenkins é uma jovem com uma condição médica rara: ela é alérgica ao toque de outros humanos. Depois de uma humilhante experiência de quase morte na escola, Jubilee tornou-se uma reclusa, vivendo os últimos nove anos nos confins da pequena Nova Jersey, na casa que sua mãe deixou quando fugiu com um empresário de Long Island. Mas agora, sua mãe está morta, e, sem seu apoio financeiro, Jubilee é forçada a sair de casa e encarar o mundo do qual tem se escondido — e as pessoas que o habitam. Uma dessas pessoas é Eric Keegan, um homem que acabou de se mudar para a cidade por causa do seu trabalho e que está lutando para descobrir como sua vida saiu dos trilhos. Até que um dia, ele conhece uma mulher misteriosa chamada Jubilee.

Resenha: A Bertrand Brasil está lançado essa semana o segundo livro de Colleen Oakley, que ficou conhecida pelo seu romance de estréia Antes de Partir. Perto o Bastante Para Tocar é o primeiro livro que eu leio da autora, li ele na semana que foi lançado no Estados Unidos, já faz alguns meses, e fiquei bem surpresa com a história que é bem diferente dos romances que estou acostumada.

Jubilee tem uma doença muito rara, ela é alérgica a pessoas, o que faz ela desde pequena, quando a doença foi descoberta, se sentir extremamente sozinha. Ela acaba não voltando para escola nos últimos dias do último ano depois de beijar um cara, ter uma reação alérgica de quase morrer e descobrir que era tudo uma aposta, e isso acontece na mesma época que sua mãe se casa com um homem rico e a deixa morando sozinha, então ela acaba nunca mais saindo de casa. Agora anos se passaram, sua mãe morreu e ela não vai mais receber a mesada que usava para comprar tudo pela internet e nunca ter interação humana.
Eu não acordei um dia e pensei: "Eu vou ser uma reclusa". Eu nem mesmo gosto da palavra "reclusa".
Quando a realidade das dívidas bate a porta, ela tem que ultrapassar seus medos e ansiedade, até que consegue emprego na biblioteca municipal da cidade. É lá que ela conhece Eric, um homem com vários problemas pessoais que acabou de se mudar com o filho adotivo para a cidade. Por causa do garoto, Aja, que adora ler e é muito inteligente, eles acabam formando um vínculo estranho, e enquanto Eric tem que lidar com a filha que não quer falar com ele e o filho adotivo que na verdade é o filho de seu melhor amigo que morreu em um acidente pelo qual ele se sente culpado, Jubilee tem que aprender a conviver com pessoas novamente e expandir suas emoções e sentimentos, algo que ela nunca aprendeu.
E eu continuei lendo, de qualquer forma - mas não só porque eu gostava da história. Eu gostava de saber que eu estava tocando nela com as minhas palavras. Que elas estavam engatinhando em suas orelhas enquanto ela dorme.
Apesar de não poderem se tocar, os dois acabam encontrando conforto um no outro, e se ajudando, e Jubilee até mesmo tenta achar uma cura para sua doença, mas conforme o relacionamento deles vai progredindo, mais eles acabam sendo afastados pelas circunstâncias. O livro mostra que o mais importante não é a história de amor, apesar dela ser bem importante, mas sim o nosso crescimento como pessoas, e como cada pessoa toca nossa vida de um jeito único.
Relacionamentos não dissolvem do nada depois de um evento, uma briga, são milhares de golpes, que acontecem ao longo do tempo, punhaladas, facadas, socos de direita, alguns que você nem sente, e antes que você saiba, você está no chão vendo estrelas e se perguntando o que diabos aconteceu!
Todos os personagens foram bem cativantes, mas de longe meu preferido foi o Aja, ele é um amorzinho e já passou por muita coisa apesar de ter só 10 anos de idade, e age com uma mistura de "maduro demais para a idade" com "é só um garoto que já passou por MUITA tragédia", e por isso mesmo ele se dá tão bem com Jubilee, que acaba tendo aos mesmo sentimentos que ele em alguns momentos. Ela também é um dos personagens mais reais, que mostra muito bem o que pessoas que sofrem com ansiedade passam todos os dias para fazer coisas bem simples, apesar de no caso dela ser numa escala muito maior. O Eric não foi exatamente meu personagem favorito, mas seus dilemas são verdadeiros e ele é imperfeito porque todos nós humanos somos. 

O livro tem uma história bem tocante, e é uma leitura fácil e bem envolvente, e todos os personagens tem uma história autêntica e que nos faz se importar com eles, desde Jubilee à filha de Eric, e apesar de alguns leitores terem reclamado do final, achei ele bem colocado com o ritmo da história e a personalidade dos personagens, e perfeito para fãs de Jojo Moyes, leitores que entendam que o amor nunca é perfeito e quem gosta de acabar uma leitura com aquele sentimento de coração cheio.

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